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Violência tem ideologia

Paulo César de Oliveira
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Igor Carvalho de Lima

Se existe um problema que afeta todas as classes sociais, nas mais distintas regiões do Brasil é a violência. Na saúde e educação, por exemplo, a classe média busca soluções na iniciativa privada, mas continua refém da insegurança. Só mesmo uma pequena faixa da elite consegue pagar por segurança particular ou morar em condomínios de luxo, o que também é um sintoma da violência interferindo em suas vidas. Nenhuma classe está, de fato, imune à criminalidade. O triste é percebermos que, mais uma vez, o destaque vai para a falta de foco no problema em si aliado ao oportunismo político ideológico que se instaurou no país em todas as temáticas relevantes.

A recente operação policial no Rio de Janeiro chamou a atenção de todos, pelo volume e consequências. Obviamente o domínio do crime organizado afeta o dia a dia do carioca, especialmente o morador da comunidade. E o governador Cláudio Castro, em baixa na avaliação da opinião pública, precisava tomar uma atitude. Fato que coloca em evidência as máximas: “bandido bom é bandido morto” versus “violência gera violência” da direita e da esquerda. O pior disso tudo seria a pronta reação de congressistas de ambos os lados. Os deputados federais que ganharam poder e evidências após orçamento secreto, emendas Pix etc., possuem uma máquina eficiente de reação, na mesma hora acionam o modo “vamos aproveitar o acontecimento para reforçar a ideologia”. Sem preocupação nenhuma com o sofrimento dos moradores de favela no Rio, começam a destilar comentários meramente publicitários. Os direitistas chegam a criar a expressão PT- Partido dos Traficantes, enquanto os esquerdistas se aproveitam da enorme comoção causada pelo número de mortes.

Na esfera do executivo, Lula e seus ministros incluindo o STF, partem para cima de Cláudio Castro que provavelmente já esperava pela retaliação. E consegue maior evidência na mídia com tal discussão. Ciente que tem como único caminho agradar os eleitores de direita para garantir sua eleição ao Senado e fazer seu sucessor no governo.

Assim, temos mais um episódio vitorioso para o status quo da polarização e com pouquíssima evolução social de fato. Até nas paradisíacas Jericoacoara, Caraíva e Pipa o crime organizado tomou conta, por que alguém estaria seguro vivendo nas grandes metrópoles como Rio e São Paulo? (Foto/reprodução internet)

Igor Carvalho de Lima – Dono do Instituto Viva Voz, mestre em administração mercadológica e marketing, com especialização no comportamento do consumidor e do eleitor.

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