O presidente interino da Usiminas, Romel de Souza acaba de ser afastado do cargo pelo Conselho de Administração da empresa. A maioria do conselho, com votos dos representantes dos minoritários, funcionários, aposentados, e da maior acionista Ternium, decidiu afastar o executivo por violação das regras de compliance e quebra de dever fiduciário. Até a CSN, até então neutra na disputa, votou pela demissão de Romel. Os conselheiros descobriram que o presidente interino violou o estatuto social da Usiminas ao assinar sozinho, sem conhecimento do Conselho de Administração, do departamento jurídico e da diretoria, um memorando estratégico com a Sumitomo estabelecendo bases de renegociação de diversos pontos do contrato com a Musa. A regra na Usiminas, e padrão no mercado corporativo brasileiro, é de que qualquer documento estratégico não pode ser assinado por apenas um executivo, deve ter a assinatura de, no mínimo, dois diretores e deve ser levado para conhecimento do Conselho. Com o afastamento de Romel, Sérgio Leite (foto) foi reconduzido à presidência da Usiminas.