Novidades voltadas para o aumento da eficiência no setor industrial foram apresentadas ontem no 7º Congresso Brasileiro de Inovação, na capital paulista. São esperados mais de 3 mil visitantes para o evento que termina hoje. O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira (foto), disse que a crise no ambiente macroeconômico e político, não intimida os empresários da indústria. “Nem por isso a indústria está de braços cruzados. Com esforços, e correndo riscos, continua investindo em inovação”, afirmou. Para Ferreira, a economia do país precisa se afastar da dependência em relação às commodities, apostando na indústria. Paulo disse que a participação do setor industrial no Produto Interno Bruto passou de 22% em 1995 para 11,4% no ano passado. Apesar da queda, a indústria é responsável por dois terços do investimento em pesquisa feito no país.
Exploração de petróleo
Uma das inovações apresentadas no encontro é o robô autônomo, capaz de fazer inspeção de manutenção preventiva em dutos de óleo e gás de grande profundidade. O projeto, desenvolvido pelo Senai em parceria com empresas estrangeiras, surgiu de demanda da exploração do pré-sal no país. Os testes são feitos a pedido da Petrobras e Shell. O gerente executivo de tecnologia e inovação do Senai Marcelo Prim afirmou que a principal vantagem dessa tecnologia é a redução no custo de operação. O robô custa o equivalente de 3% a 5% do valor do serviço tradicional, feito por navios de empresas que prestam o serviço especializado a um preço estimado em US$ 100 mil por dia. Além disso, a tecnologia não expõe trabalhadores ao risco e reduz a possibilidade de vazamento.