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Cemig pode estar fazendo um mau negócio

Paulo César de Oliveira
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A Companhia Energética de Minas- Cemig aprovou a injeção de até 240 milhões de reais na controlada Renova Energia, que investe em usinas renováveis, em uma operação que poderá elevar sua fatia na empresa caso os demais acionistas não acompanhem o aporte, segundo comunicado ao mercado nessa quarta-feira. A Renova havia informado, na terça-feira, que seu Conselho de Administração aprovou a realização de um aumento de capital de até 731,25 milhões de reais, com objetivo de reforçar o caixa da empresa e fazer frente a investimentos programados em usinas já em construção e em desenvolvimento.Segundo a Cemig, sua participação na operação se dará com a injeção de 85 milhões de reais integralizados nessa quarta-feira e mais 115 milhões de reais em março. A companhia ainda se dispõe a injetar mais 40 milhões de reais, caso os demais acionistas não acompanhem o aumento de capital. A Cemig afirmou que, considerando apenas o aporte já garantido de 200 milhões de reais, poderá ampliar a fatia na Renova para 44 por cento das ações ordinárias, ante 36,8 por cento atuais, se os demais sócios não participarem da operação.

 

Cemig tem 4,8 bilhões de dívidas a rolar

Em nota a clientes, o Itaú BBA afirmou que o movimento é negativo para a Cemig, uma vez que é exatamente “o oposto do que nós acreditamos que a empresa deva fazer: focar no processo de desalavancagem”. “Recordamos que a Cemig tem uma rolagem desafiadora de dívida de 4,8 bilhões de reais nos próximos 12 meses e esperamos que a empresa encerre 2016 com a relação dívida líquida versus Ebitda em 5,4 vezes”, acrescentou o Itaú BBA.

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