A Falconi Consultores, empresa comandada pelo professor Vicente Falconi, enfrenta nova crise institucional. Após cisão societária entre José Godoy e o próprio Falconi, ambos professores fundadores do antigo INDG, ocorrida em 2011, agora o trio encabeçado por Mateus Bandeira, presidente da empresa, e mais dois diretores, Bruno Turra e Sérgio Honório, renunciou, no último dia 27, após seis anos. A decisão foi formalizada em carta a toda a empresa, datada do último dia 27. Nela, a diretoria menciona ter deixado o legado de um novo modelo de governança corporativa e a cultura da “meritocracia orientada por resultados”. No entanto, os rumores dão conta de que os resultados da empresa no período foram justamente a razão do ocorrido. Alegando crescimento negativo e despesas administrativas descontroladas, o bloco dos sócios-consultores, selecionado em 2013 pelo próprio Bandeira e avalizado por Falconi – reivindicou em peso a queda da diretoria. Os balanços divulgados pela própria empresa confirmam as alegações: 2011, quando Bandeira assumiu, a receita era de R$ 205 milhões. Em 2015 (dado mais recente publicado), estava em R$ 201 milhões, com o lucro caindo de R$ 58 milhões para R$ 41 milhões no mesmo período. Já as despesas administrativas mais que triplicaram: em 2011, eram de R$ 31,5 milhões e, em 2015, fecharam com R$ 99,3 milhões. No período, o número de consultores trabalhando para Falconi também caiu, de mais de 1,1 mil para cerca de 600. A maior parte da saída de consultores ocorreu ainda em 2011, logo após a saída de Godoy, quando cerca de 300 fundaram o Instituto Aquila, grupo de consultoria liderado por Raimundo Godoy e Rodrigo Godoy, hoje com cerca de 420 pessoas. Após cumprir quarentena contratual, José Godoy voltou à atividade em 2015 ocupando a presidência do Conselho de Administração do grupo, a convite dos sócios fundadores.