Não existe mais um conceito único de luxo. Ele muda de acordo com a classe social dos brasileiros. É o que mostra estudo inédito realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz, que mapeou o significado do luxo para os brasileiros das classes A, B e C. Segundo os dados, em média 35% da renda mensal dos consumidores é utilizada para serviços ou produtos que consideram de luxo, o que totaliza cerca de R$ 18 mil em gastos por ano. Esse percentual aumenta expressivamente entre a classe C (12 mil de gastos por ano) se comparada com as classes A (40 mil de gastos por ano) e B (29 mil de gastos por ano). A pesquisa procurou identificar também quais são os produtos mais frequentemente associados ao luxo e os itens mais consumidos. Considerando o “luxo possível” que os entrevistados permitem a si mesmos, estão entre os mais citados: viagens, alimentação, produtos de beleza e perfumaria, moda e carros. De acordo com a pesquisa, 89% dos entrevistados já consumiram artigos que consideram de luxo pelo menos uma vez. Segundo ainda a pesquisa, 68% pertencem à classe C, 63% têm entre 25 e 55 anos, e a maioria das pessoas toma conhecimento dos itens do mercado de luxo pela internet, mas prefere comprar em lojas convencionais de shopping centers. Para os pertencentes da classe A, o luxo tem mais a ver com a experiência proporcionada ao invés da compra apenas: poder viajar sempre que quiser (63% na classe A contra 42% na classe C), passar o tempo ao lado de pessoas queridas (39% na classe A contra 30% na classe C), frequentar bons restaurantes e ter acesso a produtos e serviços de qualidade.