A Petrobras informou nessa quinta-feira que decidiu revisar a metodologia de reajuste de seus preços do gás de cozinha, após uma disparada de quase 70% nas cotações do produto para os distribuidores desde o início de junho, com impacto relevante para grande parte da população. A estatal afirmou que o Grupo Executivo de Mercado de Preços (GEMP) da empresa concluiu que, embora os preços do GLP praticados no Brasil devam ser referenciados ao mercado internacional, a metodologia necessita ser revista, para que seja suavizado o efeito do repasse da volatilidade dos preços externos para um bem de primeira necessidade. “O fundamento para isso é que o mercado de referência (butano e propano na Europa) está apresentando alta volatilidade nos preços, agravada pela sazonalidade (inverno) naquela região. Desta forma, a correção aplicada esta semana- de 8,9% - foi a última realizada com base na regra vigente”, declarou a empresa em nota.
Suavizar impacto
Segundo a Petrobras, o objetivo da revisão da política do botijão de gás será buscar uma metodologia que “suavize os impactos” derivados da transferência de volatilidade de preços no exterior para o mercado doméstico, sem perder de vista a necessidade de praticar valores referenciados no mercado internacional. Além disso, a nova metodologia buscará garantir determinação do governo que reconhece a necessidade de que o gás de cozinha tenha preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades. A Petrobras disse ainda que a metodologia a ser definida buscará não perpetuar os efeitos sazonais desfavoráveis (inverno no Hemisfério Norte) já ocorridos, e que a revisão vai ser aplicada exclusivamente ao GLP de uso residencial, comercializado em botijões de 13 kg.