A execução do empresário(?) Antônio Gritzbach(foto/reprodução internet), numa ação que resultou ainda na morte de um motorista de app e ferimentos graves em uma mulher, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo escancara a audácia do crime organizado, audácia que se sustenta na certeza da impunidade. O Estado brasileiro vai se tornando refém do crime, seja por sua incapacidade ou desinteresse em enfrentá-lo, seja pela brandeza de nossa legislação penal. Mas a audácia desmedida da bandidagem, capaz de invadir um aeroporto internacional, lotado, para matar alguém, mesmo que um dos seus, evidencia a necessidade e urgência de uma ação firme do Estado brasileiro para punir culpados e desestimular a adesão ao crime por alma bandidas. O aumento de organizações criminosas assusta. Estudo do Governo Federal mostra que são 88 espalhadas pelo país, sendo 11 em Minas Gerais, número superado apenas pela Bahia que concentra 21 “empresas” do crime. Enfrentá-las só através de um Estado organizado. Não será com governadores com espírito de xerife, que se acham suficientes para enfrentar estas organizações. É hora de definirmos uma estratégia nacional, sem heróis. Se o crime é organizado, o Estado só conseguirá combatê-lo se se organizar. E a hora é agora. Isto não pode ser tema da campanha de 2026. O tempo urge.