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A democracia como patrimônio

Paulo César de Oliveira
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A democracia como patrimônio

Por que anistiar os baderneiros do 8 de janeiro, como quer o grupo político ligado ao ex-presidente Bolsonaro? Anistiar é esquecer. Esquecer o que fizeram os baderneiros, insuflados por políticos e grupos de empresários, é perdoar crimes graves contra a nação, contra a democracia e seu patrimônio. Dirão alguns que no final dos anos 1970, o governo, ainda dominado pelos militares, fizeram uma anistia, perdoando quem lutou- alguns de arma nas mãos- contra a ditadura imposta ao país em 1964. Sim, assim como querem agora, a anistia aos que lutaram contra o regime foi uma forma de perdoar torturadores, assassinos, estupradores que agiram em nome do regime contra os que resistiam ao militarismo. Agora, querem perdoar os que destruíram bens públicos, alguns de valor incalculável, para esquecer os crimes dos poderosos que insuflaram e financiaram os que foram destruir as sedes dos Poderes em Brasília. Proteger os poderosos esquecendo os crimes praticados pelos que foram às ruas destruir patrimônios. Ou será que há realmente preocupação em esquecer os crimes dos mais humildes usados pelos poderosos? (foto/reprodução internet)

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