Urnas fechadas, votos apurados. A disputa de 2024, que Lula e Bolsonaro(foto/reprodução internet) tentaram transformar num palanque antecipado de 2026, mostrou, numa análise de afogadilho, a derrota dos dois. Claro que tiveram vitórias, com candidatos que apoiaram, abertamente ou discretamente, mas as derrotas políticas foram maiores, mostrando que, no caso de Lula, o PT terá que se reorganizar, voltar a ser um partido e, no caso de Bolsonaro, que o ex-presidente não tem a força eleitoral que imagina ter.
A radicalização sonhada por ambos ficou como palavras ao vento e não atingiu o eleitorado. Mas, voltando ao resultado das eleições, considerando todos os municípios- análise, repito, de afogadilho- ficou a certeza de que o país precisa de uma enorme reforma política, especialmente de partidos. Temos um monte de legendas, mas nenhuma que realmente represente o pensamento político- se é que ele existe- do brasileiro. Aqui nos dividimos como esquerda e direita, sem que ninguém saiba ao certo o que isto significa.