Espírito conciliador de Fachin abre espaço para pacificação dos ânimos entre STF e Congresso

O ministro Edson Fachin (foto/reprodução internet) toma posse hoje como novo presidente do Supremo Tribunal Federal, tendo Alexandre de Moraes como vice. Luís Roberto Barroso deixa a presidência admitindo que pode antecipar a aposentadoria, abrindo assim vaga para o senador mineiro Rodrigo Pacheco, que Lula quer ver disputando o governo de Minas, mas que prefere mesmo é o cargo vitalício de ministro do STF. Fachin assume o comando do tribunal herdando crises políticas com os outros Poderes, mas em especial com o Congresso, ainda por causa do julgamento de Bolsonaro e sua turma. De espírito conciliador, a expectativa é que ele procure uma alternativa para o projeto da anistia, que o STF considera inconstitucional, em princípio apoiando o projeto da dosimetria, que reduz as penas dos envolvidos na tentativa de golpe. Em seu discurso de posse esta tarde Fachin deve deixar mais claras suas diretrizes à frente do STF nos próximos dois anos. Que ninguém espere algo muito diferente. Na quarta-feira as atenções se voltam para a Câmara dos Deputados onde deverá ser votada em plenário a PEC que isenta do imposto de rendas quem tem salário até R$ 5mil. Hugo Motta já avisou que vai pautar a matéria, independente da discussão sobre o projeto da anistia que, pelo visto, vai para a gaveta.