Falta pouco mais de um mês para se iniciar o recesso parlamentar. Oficialmente no dia 23 de dezembro, mas poucos, ou quase ninguém, acreditam que deputados e senadores ficarão até tão perto do Natal em Brasília. Historicamente saem antes, com a desculpa de que precisam “visitar suas bases”. O trabalho fica para o próximo ano ou já foi executado a toque de caixa, sem a menor atenção, antes do início do recesso. É isto, provavelmente, que vai acontecer agora, quando há tantas decisões importantes a serem tomadas o mais rápido possível, entre elas a reforma tributária, motivo de pressões do governo e de setores empresariais.
Também na pauta os cortes financeiros que o governo quer e precisar realizar e que atingem praticamente todos os três Poderes. O que o governo conseguirá fazer andar até o final do ano, ninguém se arrisca a dizer. Oposição e situação se unem quando o assunto é corte de verba e empurra com a barriga a definição de redução de despesas. Para complicar mais a situação, há as pressões pela aprovação de uma anistia aos atos de 8 de janeiro que, na realidade, é uma tentativa de anistiar Bolsonaro para torná-lo elegível em 2026. É um jogo de interesse do qual, sabemos pouco. Muito pouco mesmo. Podem apostar. O que interessa o país ficará de fora das pautas de votação. (foto/reprodução internet)