SEM CAMINHO DE VOLTA

Luís Antônio Athayde

O momento que vivenciamos, caracterizado por mudanças bruscas no comportamento das pessoas está diretamente associado ao empoderamento de seu protagonismo individual, independentemente do extrato econômico-social que ocupa, por conta do tsunami de informações que, em tempo real, chegam pelas redes sociais.

Meios de comunicação, antes poderosos, com hora marcada para veicular notícias, ficaram para trás. Adentramos um tempo que determinada curiosidade pode se transformar em angústia e/ou em euforia, cristalizando um novo comportamento do cidadão, seja para o bem ou para o mal, tal e qual o sociólogo Zigmut Baugmam tão bem apontou no seu livro clássico – A sociedade Líquida.

A política, agora em efervescência por conta das eleições, não ficou de fora e se viu impactada por efeitos disruptivos deixando candidatos, líderes, partidos e marqueteiros atônitos no manuseio de suas estratégias de campanhas, que vêem percepções do eleitor envelhecerem da noite para o dia dado as novas ferramentas disponíveis nas redes. Um campo de provas está em curso em São Paulo, quando Pablo Marçal triplicou a preferência do eleitor em menos de 10 dias. São números muito impactantes, dado por um processo disruptivo, que pode escalar como aniquilar uma candidatura.

Pois, chegaram as eleições líquidas!