Em 27 anos de vida partidária, Geddel Vieira Lima (foto) sempre se manteve fiel ao PMDB, o mesmo partido do presidente Michel Temer e sempre teve seu nome ligado a irregularidades. Geddel já foi suspeito de desviar recurso do Banco do Estado da Bahia, onde foi diretor na década de 1980, de ser um dos anões do orçamento nos anos 1990, de multiplicar o próprio patrimônio com dinheiro público em 2001 e de ter conduzido negócios ilícitos à frente do Ministério da Integração e em uma diretoria da Caixa. Foi acusado de tráfico de influência, corrupção, obstrução de Justiça e, agora, de manter os milhões guardados em malas e caixas em um imóvel emprestado. Um dos seus desafetos no PMDB era o ex-presidente Itamar Franco, que costumava se referir a ele como “percevejo de gabinete”. As apostas agora são para saber os apelidos que Geddel vai receber na cadeia.