Uma mulher frágil, de cabelos grisalhos e fala baixa e cadenciada conseguiu evitar que crescesse a crise entre o legislativo e o Judiciário, após o presidente do Senado, Renan Calheiros, se recusar a se afastar do cargo como determinou o ministro Marco Aurélio e Melo. A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, parecia cansada em meio a essa queda de braços insana, que a obrigou a colocar o assunto nesta quarta-feira na pauta, devido não só a sua urgência, mas ao nível de tensão criada. Mesmo com o Supremo se rendendo a Renan Calheiros, Cármen Lúcia, tentou manter a pose ao afirmar que “dar as costas ao oficial de Justiça, é dar as costas ao Judiciário” e falou da necessidade de “abrir as portas para construir um diálogo mais fácil”. Mas ficou claro quem dá as cartas.