O juiz Sérgio Moro indeferiu o recurso da defesa da mulher do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), Cláudia Cordeiro Cruz, para não ser julgada pelo juiz da Lava Jato, mas sim na Justiça Federal no Rio de Janeiro. Para Moro, a alegação da defesa de Cláudia (foto) de que as movimentações nas contas bancárias dela no exterior não têm relação com o esquema de corrupção na Petrobras “não faz sentido”. Com a decisão, fica mantido para o próximo dia 14 de novembro o interrogatório de Cláudia diante de Moro, para que ela se manifeste sobre as acusações da Lava Jato. Moro despachou, textualmente: “E a alegação de que as condutas imputadas à acusada Cláudia Cordeiro Cruz não estariam relacionadas à corrupção na Petrobras não faz sentido, pois é ela acusada exatamente de ocultação e dissimulação de produto de crime de corrupção no esquema criminoso da Petrobras. Se houve ou não lavagem, se agiu ela ou não com dolo (intenção), é questão de mérito e não de competência”. Falou e disse.