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A política testa os limites

Paulo César de Oliveira
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O Banco Central liquidou o Banco Master depois de meses de análise, dados na mesa e risco explícito à solvência. Detectou carteiras de crédito que não existiam, tentou saída de mercado, barrou a venda ao BRB para não espalhar ativo podre e, quando a liquidez virou fumaça, fechou a conta. Procedimento padrão. Técnica pura. Agora, o ministro Jhonatan de Jesus (Pablo Valadares/Agência Brasil), do TCU, resolveu dar 72 horas para o BC explicar o óbvio, como se liquidação bancária fosse capricho administrativo. Coincidência ou não, o banco liquidado tinha trânsito político, e a autonomia do BC já vinha sendo cutucada no Congresso, no governo e nos bastidores. O recado do BC foi seco: tudo documentado, tudo registrado, cada passo anotado. Quem aposta em intimidação institucional esquece um detalhe básico — sistema financeiro não tolera improviso. Se a autonomia cair, o estrago vem junto. E não é só contábil.

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