Inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (foto/reprodução internet) disse que esta é a primeira condenação por abuso de poder político”. Ele classificou a decisão como “uma apunhalada”, comparando o processo com a facada que sofreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, em setembro de 2018. Em Belo Horizonte, onde foi acompanhar o enterro do ex-ministro Alysson Paulinelli, Bolsonaro disse que este passou a ser um dia “emblemático para mim, assim como o meia dúzia de setembro de 2018, quando eu levei uma facada pela frente. Hoje eu levei uma punhalada com essa decisão. Quem levou essa punhalada não foi o Jair Bolsonaro, foi a democracia brasileira”. Bolsonaro disse que foi um crime sem corrupção, mas, nós acompanhamos as eleições, a maneira como o TSE agiu, me proibindo até de fazer live na minha casa e apareceu o resultado no final ali, o TSE anunciou o ganhador”.
Inelegível até 2030
O Tribunal Superior Eleitoral declarou ontem o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível até 2030 sem, no entanto, perder os seus direitos políticos. Com os incisivos votos da ministra Cármen Lúcia e do ministro Alexandre de Moraes, a Corte formou um placar de 5 votos a 2 para enquadrar o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. Restaram vencidos os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques – alçado ao Supremo pelo ex-presidente. Quando este último tentou livrar Bolsonaro da inelegibilidade já havia maioria formada para alijar Bolsonaro da corrida eleitoral até 2030. “Não identifico a gravidade necessária para formar juízo condenatório em desfavor de Jair Bolsonaro”, argumentou.