Davi Alcolumbre resolveu medir forças com o Planalto. Marcou para 10 de dezembro a sabatina de Jorge Messias para a vaga no Supremo Tribunal Federal, ignorando a alegação do governo de que o Senado ainda não recebeu a carta formalizando a indicação. O detalhe incômodo para o presidente Lula é que essa carta é mero ritual: a única exigência real já foi cumprida, a publicação no Diário Oficial. O impasse revela mais que um desencontro burocrático. É um teste de autoridade entre o chefe do Senado e o Executivo, cada qual reivindicando o direito de ditar o ritmo da nomeação. No tabuleiro político, praxes viram trincheiras, e formalidades, armas. No Brasil está virando moda o conflito não nascer da lei, mas da vontade de quem a interpreta.













