A Comissão Especial do Impeachment marcou para quarta-feira, às 11h, o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff (foto). No entanto, poucos acreditam que ela decida ir se explicar aos senadores. Caso não compareça, o advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, responderá aos questionamentos dos senadores e da acusação em seu lugar. A ideia do depoimento é que os membros da comissão usem o embasamento obtido a partir do interrogatório das testemunhas para interpelarem a presidente ou seu defensor. Dilma é denunciada por violações à Lei Orçamentária Anual de 2015, na forma de quatro decretos suplementares que teriam extrapolado a meta fiscal e de atrasos em repasses para bancos públicos que estariam configurados como operações de crédito em benefício do Tesouro, as chamadas “pedaladas fiscais”. O depoimento será a última atividade presencial da comissão por aproximadamente um mês. As fases seguintes são os prazos para alegações finais da acusação e da defesa, que serão entregues por escrito, e o prazo para que o relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), elabore seu parecer. A comissão deverá voltar a se reunir apenas no dia 2 de agosto, para que Anastasia apresente o texto final do relatório.