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A Vitória do Não

Paulo César de Oliveira
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MOBILIDADE II

Os gregos decidiram neste domingo (5), em referendo, não aceitar as condições dos credores do país em troca de ajuda financeira, dando o primeiro passo para o que pode culminar na saída do país da zona do euro. O fato é que o referendo na Grécia abre nova fase, que se poderia chamar de existencial, tanto para o Euro, quanto para os gregos. Ambos entram nesse novo período sem uma carta de navegação. No fundo, ninguém tinha plano B. A Europa não planejou o “Grexit”, a saída da Grécia da Zona do Euro, nem avaliou seriamente suas possíveis consequências sistêmicas e institucionais. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que nem o Reino Unido pode se considerar blindado dos efeitos dessa ruptura. Não são poucos os alertas de analistas externos dizendo que esses desdobramentos podem ser muito mais negativos e gerais do que se tem imaginado. Na avaliação do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras o referendo não teve ganhadores nem vencedores. “É uma grande vitória em si mesma. Mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a democracia não pode sofrer chantagem", afirmou, falando indiretamente sobre as condições impostas pelos europeus. Nesta segunda-feira (6), o presidente da Grécia, Jean-Claude Juncker (foto), terá uma teleconferência com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk; com o dirigente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e com o diretor do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, informou a Comissão em um comunicado. E na terça-feira (7), Donald Tusk já convocou a cúpula da zona do euro, em Bruxelas, "para discutir a situação após o referendo na Grécia”.

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