O ex-presidente Lula tem mais um motivo para se preocupar. A Polícia Federal vai analisar o acervo presidencial de seu governo, identificado com as palavras “praia” e “sítio”, apreendido no galpão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), com um prazo de 20 dias para apresentar as conclusões. O juiz Sergio Moro (foto) autorizou a perícia a pedido do Ministério Público Federal, que aponta irregularidades envolvendo um apartamento triplex em Guarujá, no litoral paulista, e nas reformas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), local frequentado pela família do ex-presidente. A defesa de Lula diz que já recorreu da decisão e que Moro não tem competência legal para julgar questões referentes ao acervo da Presidência da República. Para os advogados, a decisão de Moro é ilegal e incompatível com os princípios constitucionais de impessoalidade e da legalidade.