Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Velloso (foto) avalia como “inconstitucional” e uma “afronta à democracia” a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui até o fim do ano um estado de emergência para viabilizar a criação e a ampliação de benefícios sociais a três meses das eleições. O texto foi aprovado em primeiro turno no Senado no início da noite de hoje. Para Veloso, “essa PEC é flagrantemente inconstitucional, porque atinge o direito à Democracia, que é uma cláusula pétrea da nossa Constituição. A proposta prejudica a eleição, o voto periódico, que é o fundamento da nossa Democracia.”
Desinformação ou má fé
Veloso também comentou que a esta altura, quem questiona a segurança das urnas, o faz por má-fé ou por estar desinformado. Ele foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral entre 1994 e 1996, no período em que o sistema eletrônico foi implementado, em 1996, há 26 anos. Velloso afirma que especialistas e todos que quiserem examinar as urnas com isenção de ânimo, dizem que a urna é auditável antes, durante e depois das eleições e acrescenta que ˜temos cerca de 150 milhões de eleitores, imagine isso no dedo, na unha, no lápis. A urna eletrônica propicia eleições seguras, independência dos eleitores, ou seja, eleições limpas.” (Foto reprodução internet)