A agência Reuters corrigiu, na madrugada de ontem, informação sobre a entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia (foto). Na primeira matéria sobre o assunto, na sexta-feira, a agência informou que, em entrevista, Segóvia dissera que arquivaria o inquérito contra o presidente Michel Temer no chamado inquérito dos portos. Na correção a Agência disse que Segovia indicou apenas que há tendência da PF arquivar o caso. O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, na nova versão da entrevista, teria afirmado que não há indício de crime na investigação contra o presidente Michel Temer no chamado inquérito dos portos, indicando tendência de que a corporação recomende o arquivamento. Segundo o chefe da PF, corrigiu a Agência, até o momento as investigações não comprovaram que houve pagamento de propina por parte de representantes da empresa Rodrimar, que opera áreas do porto de Santos (SP), para a edição do decreto que prorrogava contratos de concessão e arrendamento portuários, assinado por Temer em maio do ano passado. Essa é a única apuração formal contra o presidente ainda em curso perante o Supremo Tribunal Federal (STF), requerida ainda pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “O que a gente vê é que o próprio decreto em tese não ajudou a empresa. Em tese se houve corrupção ou ato de corrupção não se tem notícia do benefício. O benefício não existiu. Não se fala e não se tem notícia ainda de dinheiro de corrupção, qual foi a ordem monetária, se é que houve, até agora não apareceu absolutamente nada que desse base de ter uma corrupção”, disse Segovia. O diretor-geral da PF também afirmou que a “principal prova obtida no inquérito”, a interceptação de uma conversa entre o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, não mostra concordância de Temer com o suposto benefício.