Agronegócio escapa da crise econômica, mas sente os efeitos da briga entre Dilma e Cunha

A agricultura é um dos poucos setores que conseguiu escapar da crise econômica e política, sem sofrer grandes impactos. Mas o presidente da Federação da Agricultura, Roberto Simões (foto), disse que os problemas do setor não foram resolvidos, como a infraestrutura para escoamento da produção, questões ambientais e a cobrança do ICMS que torna o estado pouco competitivo, em se tratado de competição tributária ou a chamada guerra fiscal entre os estados, que até agora não foi resolvida. O mercado interno consome 80% ou mais da produção do agronegócio, mas Simões entende que é preciso avançar no mercado externo para gerar riqueza. O maior problema, no entanto, é a questão política. Para Simões, a presidente da República precisa parar de brigar com o presidente da Câmara. “Agora que estourou a bolha é bom que haja uma solução. São 206 milhões de brasileiros à margem, esperando esses dois, que estão se digladiando”. Roberto Simões participou ontem do ciclo de debates sobre a Retomada do Desenvolvimento Econômico, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.