O Sete de Setembro vem aí. A expectativa é se haverá manifestações dos grupos radicais, de direita e esquerda, buscando manter viva a disputa que, até aqui, tem impedido o surgimento, mesmo que discreto de uma terceira via política. Há sim preocupações quanto a possibilidade de manifestações violentas, à semelhança do oito de janeiro por grupos direitistas, com resposta de radicais e esquerda que, discretamente, tentam se articular. A transformação do oito de janeiro em Dia do Patriota, pela Câmara Municipal de Porto Alegre, e a rápida reação de grupos contrários, por enquanto pelas redes sociais, mostram o estado de ânimos dos opostos, já alimentados pelo maciço noticiário sobre as investigações dos malfeitos de Bolsonaro e seu grupo. As notícias sobre as investigações que, até aqui, tem escancarado os erros do ex-presidente e seu grupo, tem mantido acesso o bolsonarismo e, por incrível que pareça, à semelhança do que acontece com Donald Trump, nos Estados Unidos, aumentado a popularidade de Bolsonaro colocando-o como alternativa viável da direita. Isto preocupa a esquerda a estimula a direita que busca formas de blindar o ex-presidente. Fortalecê-lo politicamente e estimular ação atos que ameacem a estabilidade política é uma tática que preocupa adversários e o próprio governo. Sete de Setembro é na quinta-feira da outra semana. Ainda existe tempo, pequeno é verdade, se definir uma estratégia para minimizar o radicalismo. Hoje Bolsonaro recebe o título de Cidadão Honorário de Minas. É ver o que acontece.