O governo federal vai esperar o fim do recesso do Legislativo, em fevereiro, para decidir se apoiará ou não, a anistia a executivos de empresas envolvidas em esquemas de corrupção que fizerem acordo de leniência. O assunto, sem consenso interno no governo, é tratado tanto em uma Medida Provisória editada no final do ano passado, quanto em uma comissão especial da Câmara, que discute o tema em um Projeto de Lei proveniente do Senado. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams (foto), disse que é contra a anistia de executivos envolvidos em esquemas como aquele investigado pela Operação Lava Jato. Para Luiz Adams, o foco da Medida Provisória editada pelo governo no final de 2015 não é estender a pessoas físicas os benefícios que serão concedidos a empresas. “A MP da Leniência trata da empresa, não da pessoa física. A questão penal deve ser tratada separadamente”, disse Adams, repetindo a tese que já defendia em dezembro.