Nos bastidores de Brasília, desenha-se um esdrúxulo acordo entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (foto/reprodução internet), e da Câmara, Hugo Motta, para aprovar um projeto de anistia aos presos do 8 de Janeiro — com o aval indiscreto de ministros do STF. A ideia: aliviar a pena de quem foi “massa de manobra” e endurecer contra os líderes. Senadores da oposição protestaram: dizem que só o Congresso pode legislar sobre perdão e que o STF não deveria pré-julgar o tema. O caso da cabeleireira condenada a 14 anos virou símbolo do exagero. Na prática, o projeto tenta tirar o STF do centro da crítica. Alcolumbre deve apresentar o texto em maio, amparado por nomes como Barroso e Moraes. Perdão costurado a seis mãos: Judiciário sugere, Legislativo executa, e a democracia assina embaixo — sem saber. Esse episódio tem tudo para ser mais uma jabuticaba institucional — feita nos bastidores, com cheiro de arranjo e sob o manto da velha prática política, sempre costurada no escurinho dos gabinetes.