Aposta arriscada de Heringer na PEC da Blindagem gera crise no PDT

O líder do PDT na Câmara, o mineiro Mário Heringer (foto/reprodução internet), apostou alto ao orientar a bancada a votar a favor da PEC da Blindagem, confiando em um suposto acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta para barrar a anistia aos condenados pelos atos golpistas. O movimento, no entanto, rendeu mais desgaste do que dividendos: dez pedetistas seguiram sua indicação, mas a urgência da anistia acabou aprovada, deixando Heringer com a imagem de quem, digamos, comprou gato por lebre. Para piorar, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, publicou nas redes sociais que o PDT se posicionaria contra a PEC no Senado, sem combinar com a base, aumentando a sensação de abandono entre os deputados governistas, que têm sido fortemente pressionados por seus eleitores nas redes sociais. Pressionado pelos colegas, Heringer colocou o cargo de líder à disposição, em um reconhecimento de que, no jogo político, não é bom negócio ser fiador de acordos improváveis.