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Aragão acusa a “surubança” na política nacional. E entra nela, de cabeça

Paulo César de Oliveira
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O ex-ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff, o procurador federal Eugênio Aragão (foto), se transformou no mais agressivo advogado da ex-presidente, usando espaço na imprensa e nas redes sociais para se posicionar contra as ações do Ministério Público e da Polícia Federal nas apurações da Operação Lava Jato. Em extenso artigo publicado ontem, no site Conjur, ele voltou a atacar a operação e as delações premiadas que, para ele, só têm validade para o MPF quando acusam Lula e Dilma. ”O Brasil está com febre, uma febre provocada por delações inflamatórias no âmbito da famigerada operação “lava jato”. Não se especula sobre outra coisa senão as possíveis informações extraídas de Marcelo Odebrecht a respeito da vida financeira de candidatos e de políticos de ponta. A nação se crê apodrecida. Nunca a nudez das “acoxambranças” (ou, em novilíngua, “surubanças”) de nossas figuras públicas teria sido exposta em toda a sua extensão.Que as práticas políticas brasileiras nunca foram negócios ao estilo de Madre Teresa de Calcutá, todos já sabíamos. O imaginário popular é suficientemente crítico para com as transações do “pudê”. Mas, agora, o Ministério Público quis entrar nos detalhes da lascívia política. Vamos com muita calma nesta hora. As práticas investigativas do Ministério Público e da Polícia Federal são tão controversas quanto as práticas políticas que desejam expor. Não nos entreguemos à febre. Ela é antes de mais nada o sinal de um estado patológico a refletir o grave momento da saúde política e institucional do país.Uma pessoa encarcerada em fase pré-processual por mais de ano (agora já condenada em primeiro grau), sem a mínima noção sobre quando vai ser solta, e da qual se exige, em troca da esperança de um dia ver novamente o olho da rua, que entregue gente, de preferência petistas ligados a Lula e Dilma, diz o que querem que diga. O mal da tortura é que não oferece provas sólidas da verdade, mas apenas provas sólidas da (in)capacidade de resistência do torturado. E a tortura não precisa ser física, aquela do pau-de-arara ou da cama elétrica, nem carece de extração de unhas com alicate ou de queimaduras no peito com toco de cigarro. Pode ser psicológica, mais fácil de ser escondida e mais controvertida em sua conceituação”. Aragão segue o artigo sem esconder seu comprometimento com a causa petista demonstrando, sem qualquer fantasia, que também aderiu a “surubança” nacional, talvez frustrado por não ter chegado ao Supremo Tribunal Federal como pretendia quando abriu sua militância em favor do PT. Para membros do MPF e da PF, Aragão foi escolhido por Dilma para o Ministério da Justiça para atrapalhar o andamento da operação. Não deu certo. O artigo completo pode ser lido no site Consultor Jurídico- conjur.com.br.

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