Pelo menos 12 senadores devem se ausentar da votação que pode derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impõe medidas restritivas ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), prevista para esta terça-feira. O tucano precisa de 41 votos dos 81 senadores para derrubar a decisão da Corte e retomar o mandato. Aliados de Aécio consideram que seria necessário um quórum mínimo de 70 senadores no plenário para iniciar a votação. Caso contrário, há um movimento entre alguns líderes partidários para adiar a apreciação para amanhã. Entre os faltosos está o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), considerando um dos principais articuladores da Casa. Ele se recupera de uma diverticulite e só deve voltar às atividades parlamentares daqui a dois dias. O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) está de licença médica por 15 dias após ter fraturado o úmero ao tentar domar uma mula em sua fazenda na cidade de Mara Rosa, na semana passada. Além deles, os senadores Armando Monteiro (PTB-PE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Ricardo Muniz (PP-BA) e Cristovam Buarque (PPS-DF) também não estarão no Senado hoje pois estão em missão especial nos Emirados Árabes. Já Jorge Viana (PT-AC), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Roberto Muniz estão na Rússia. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), estava na mesma missão, mas antecipou o seu retorno para hoje. Os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Ciro Nogueira (PP-PI), desistiram da viagem e permaneceram no Brasil. A votação sobre o afastamento de Aécio (foto) já começará com dois votos a menos (79). De acordo com o regimento interno do Senado, o presidente da Casa só vota em caso de empate. Como Aécio está afastado, também não poderá participar da apreciação.