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Auxílio emergencial foi usado para fins eleitorais

Paulo César de Oliveira
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A promotoria da 110ª zona eleitoral de Minas Gerais vai pedir ao Ministério Público Federal e à Controladoria-Geral da União a suspensão do pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial para pessoas que receberam o benefício e fizeram doações eleitorais. O volume de doações feitas por pessoas que receberam o auxílio espantou os procuradores. O TSE identificou, na prestação de contas dos candidatos, indícios de irregularidades que ultrapassam R$ 588 milhões. Os casos mais frequentes foram de fornecedores de campanha que possuem em seu quadro societário pessoas físicas beneficiárias do programa Bolsa Família e do auxílio emergencial, com 31.725 ocorrências. Só esse tipo de irregularidade teria movimentado R$ 386 milhões. O trabalho de identificação de indícios de irregularidades envolve, além do TSE, a Receita Federal do Brasil, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ministério Público Eleitoral (MPE), Polícia Federal (DPF), Tribunal de Contas da União e Ministério da Cidadania.

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