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Azeredo se defende na Justiça acusando auxiliar por mensalão mineiro

Paulo César de Oliveira
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Em sua defesa no Tribunal de Justiça, o ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo (foto), está jogando a culpa das acusações de crime de peculato e lavagem de dinheiro, no seu secretário adjunto de Comunicação à época. Azeredo foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão no chamado mensalão mineiro. Nas 61 páginas o recurso dos criminalistas Castellar Modesto Guimarães Filho e Castellar Modesto Guimarães Neto pede a absolvição do tucano e responsabiliza Eduardo Guedes, então responsável pela pasta, pela captação de recursos de publicidade de estatais durante a reeleição de Azeredo em 1998. Segundo a sentença em primeira instância, teriam sido desviados destes contratos ao menos 3,5 milhões de reais do dinheiro da publicidade para o caixa 2 da campanha à reeleição de Azeredo, que acabou derrotado por Itamar Franco. O interrogatório de Eduardo Guedes está marcado para 10 de junho.

 

Juíza aponta mentiras

A juíza da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Marisa Pinheiro Costa Lage, entendeu que Eduardo Azeredo mentiu várias vezes em seus depoimentos perante as autoridades. Para a juíza, Azeredo “mentiu sobre as relações pessoais que possuía com os demais envolvidos, tentando fazer parecer que eram superficiais” e ao afirmar que “não se envolvia na campanha e de nada sabia sobre questões financeiras, o que restou comprovado por meio das declarações e depoimentos dos colaboradores de campanha”. Após a decisão da juíza, no final do ano passado, ele a criticou por não ler os argumentos de sua defesa e que a sentença foi uma compensação política.

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