Aconteceu o que o candidato do PRTB, Pablo Marçal queria: tirar um dos seus adversários do sério, partir para a agressão e ele, de provocador vira vítima. A situação aconteceu neste domingo, no debate na TV Cultura. A discussão aconteceu entre os candidatos a prefeito de São Paulo o José Luiz Datena e Pablo Marçal. Marçal acusou Datena de ter cometido assédio sexual e ser um ”arregão”, em resposta Datena deu uma cadeirada em Marçal.
Datena foi expulso do debate por agressão e Marçal saiu para ser medicado. Mas o que chamou a atenção é que além das agressões físicas e verbais, nenhum candidato apresentou propostas. Só agressões. Essa parece a tônica dos próximos debates. Muitas provocações, ataques e nada a apresentar à população. (foto/reprodução internet)
O esgoto chegou à política
Este episódio ilustra a crescente violência e a polarização política que permeiam nossa sociedade, a qual já é uma das mais violentas do mundo. Infelizmente, o evento foi repleto de ofensas, e pouco se falou sobre propostas concretas. Antes da agressão, a TV Cultura tentava promover um debate mais construtivo, buscando ouvir as ideias dos candidatos sobre os problemas que afligem São Paulo. O andamento do debate parecia beneficiar os líderes nas pesquisas, mas a cena de violência introduziu uma nova dinâmica. Se a população de São Paulo agir com discernimento, pode ser a oportunidade de pôr fim a esse nível de disputas deploráveis. Contudo, se essa agressão resultar em apoio a quem quer que seja, a radicalização e a degradação da política local continuarão a se intensificar, refletindo um dos momentos mais críticos da história eleitoral da cidade. A baixaria de um não justifica a agressão cometida pelo outro.
