Balanço de 2016

É fato que as pesquisas atestam a enorme impopularidade do governo Temer. Mas justiça se faça: o atual governo herdou a maior recessão da história brasileira e o maior rombo nas suas contas públicas. Ninguém imagina, no entanto, que o governo possa ressuscitar o Brasil de repente. O governo tenta fazer a sua parte, propondo medidas duras, sérias, que possam aliviar a carga que pesa sobre a Nação. O governo aprovou no Congresso a PEC do teto dos gastos, que segurará as despesas da administração pública. Aprovou a Lei das Estatais, que dará maior transparência e controle ao aparelho do Estado. Diminuiu gastos. A inflação está em queda. Juros começam descer, mesmo que lentamente. Recursos sob controle. Petrobras sendo reorganizada. Lei do Pré-Sal abrindo a exploração para a iniciativa privada. A Reforma da Previdência, porém, ameaça subir no telhado, a partir da votação da renegociação das dívidas dos estados quebrados. Ainda assim, o governo ameaça modernizar a legislação trabalhista, para diminuir o custo Brasil. Ainda bem que 2016 vai chegando ao fim, pois não há brasileiro que possa negar: foi um dos anos mais conturbados da história política e econômica do país. Sobrevivemos à destituição de mais um presidente da República, à recessão, à prisão de congressistas “intocáveis”, à inflação, a quase 40 fases da Lava Jato. Que venha 2017.