O primeiro a tornar pública a insatisfação da base do presidente Michel Temer na Câmara em relação ao ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, foi o vice-presidente da Casa, o peemedebista mineiro Fábio Ramalho (foto). Agora, os aliados de Temer também decidiram dar o grito e querem que o próprio presidente conduza as negociações da segunda denúncia contra ele no Congresso e cobram para que ele aja rápido. Isso porque temem que a rebelião cresça com a insatisfação do DEM em relação ao PMDB, que investe nos mesmos parlamentares que os Democratas querem atrair. Sem recursos, a negociação do governo com os parlamentares pode ser mais difícil e, segundo aliados do presidente, a moeda de troca, desta vez, será a manutenção dos partidos nos cargos, nos ministérios e órgãos públicos. Se houver infidelidade, a legenda perde espaço. Além disso, a orientação do governo é a de que a defesa de Temer, desta vez, aconteça sem discursos inflamados, mesmo porque, a avaliação é a de que esta segunda denúncia é mais fraca do que a primeira.