Quem assistiu ao bate-boca e a confusão no plenário da Assembleia Legislativa ontem chegou a conclusão de que o governador Fernando Pimentel não precisa de oposição. O líder do bloco da maioria, o petista Rogério Correia (foto), PT, foi acusado de ter tentado confundir os professores que ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa, fazendo acreditar que o projeto do governo que trata do reajuste de 11,36% seria votado ontem. Mas o tiro saiu pela culatra. O próprio governo enviou uma emenda ao projeto, corrigindo o erro no cálculo de uma das colunas da tabela, no nível onde os salários são mais altos, e alterando a vigência dos valores máximos da tabela em 1º de junho de 2017. Resultado: após muita discussão, o deputado Hely Tarquínio (PV), que presidia a sessão plenária teve que explicar didaticamente aos professores a tramitação do projeto e fazer entender que antes, os deputados terão que votar quatro vetos do governador e ainda não há acordo entre o governo e a sua própria base para votá-los. Hoje, assim como ontem, os deputados não devem votar nada.
Onde está o presidente- parte II
Com a insatisfação na base de sustentação do governador Fernando Pimentel na Assembleia Legislativa, os deputados ameaçam derrubar dois dos quatro vetos que estão na pauta. Um que trata do Sisema, Sistema de Controle das Atividades Florestais e o que trata de obras inacabadas. O líder do PMDB, deputado Vanderlei Miranda, disse que o nível de insatisfação em relação ao governo é difícil e o descontentamento não se limita ao PMDB. Toda a base, incluindo deputados do PT estaria insatisfeita. Enquanto assistia ao embate no plenário entre o deputado Rogério Correia e a oposição, Vanderlei Miranda foi questionado pelo deputado Felipe Attiê (PP), sobre a ausência do presidente da Casa, deputado Adalclever Lopes, porque sem ele, não haveria votação. Não houve votação e os deputados acreditam que hoje também não.
