O nome do deputado federal Jair Bolsonaro, de 63 anos, foi confirmado ontem como candidato do Partido Social Liberal (PSL) à Presidência da República nas eleições deste ano. Bolsonaro foi escolhido por aclamação de correligionários no encontro nacional da legenda, que ocorreu no Rio de Janeiro. O partido adiou a escolha do vice. Segundo comunicado durante a convenção, o partido irá definir o nome até 5 de agosto. A advogada Janaina Paschoal (PSL), cotada para o cargo, participou da convenção, mas disse que ainda está “dialogando” com a campanha do presidenciável, o que chegou a irritar dirigentes do partido. Além da advogada, Jair Bolsonaro (foto) foi acompanhado pelos filhos Carlos, Eduardo e Flávio. Em entrevista após a convenção nacional do PSL, Jair Bolsonaro voltou a falar que o nome do candidato a vice deve sair do próprio partido. “Não deu certo com Magno Malta nem com o general Heleno. A Janaina Paschoal foi contatada há pouco tempo e precisa de um tempo para decidir. Ela tem família, filhos em São Paulo e ser vice causaria uma mudança grande. O certo é que dificilmente será alguém de fora do partido. A nossa lagoa é pequena, mas é boa”, disse. Com informações do Globo.com
Efeito Collor
Muitos dos entusiastas da candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República acreditam que nessas eleições pode se repetir o mesmo movimento que elegeu o hoje senador Fernando Collor de Mello. Como naquela época, o eleitor estava desconfiado dos políticos e queria uma alternativa. Miro Teixeira lembra que o peemedebista Ulysses Guimarães tinha a maior parte do tempo no horário eleitoral gratuito e não chegou nem no segundo turno. Collor se candidatou por uma legenda pequena e inexpressiva. O seu governo foi um desastre, ele sofreu um impeachment e acabou sendo afastado do mandato e ficando afastado da política por oito anos. Collor hoje pensa em disputar novamente à presidência. Jair Bolsonaro, por sua vez, tem dificuldade em formar uma coligação e conta com apenas sete segundos no horário eleitoral gratuito. Mas conta com a maior rede de seguidores e apoiadores nas redes sociais. O presidente do PSL, Gustavo Bebbino, avisa que o partido começou a arrecadar recursos para a campanha de Bolsonaro, na chamada “vaquinha virtual”.
