Pivô da crise entre Brasil e Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (foto/reprodução internet), PL, afirmou nesta quinta-feira que estaria disposto a negociar diretamente com Donald Trump, as tarifas anunciadas por ele sobre produtos brasileiros. Mas depende de um sinal do presidente Lula e da liberação de seu passaporte, que foi apreendido pela Polícia Federal, para entrar em campo. Aliados do presidente Lula estão espantados, com o que consideram como “cara de pau” do ex-presidente, que não tem limites para tentar se beneficiar com essa crise que coloca em risco boa parte da cadeia produtiva brasileira, que tem nos Estados Unidos um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
Novo ato de Bolsonaro em “cercadinho” improvisado
Jair Bolsonaro parece estar com saudades dos “cercadinhos” do tempo em que foi presidente. Sua equipe instalou um totem em frente para o Palácio do Planalto, sobre o qual ele concedeu uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira. Na verdade, foi mais um monólogo pautado por ressentimentos, em que Bolsonaro voltou a negar qualquer tentativa de golpe, chamou o processo de "linchamento", e se disse perseguido por Alexandre de Moraes, além, claro, de culpar o governo Lula pelas tarifas de Donald Trump. O tom foi de drama, mas o cenário beirou o cômico: sem claque, rodeado apenas pelo filho Flávio e dois deputados do PL, Bolsonaro previu mais punições ao Brasil por laços com a Rússia, exaltou Eduardo como seu embaixador informal nos Estados Unidos e até preconizou o fim do Pix. Uma encenação típica de melodrama.