O Brasil tem sofrido sucessivas crises econômicas e políticas, com um custo alto para o país. A indústria enfraqueceu, o emprego se tornou escasso e as dificuldades aumentaram. Quando se imaginava a quebra de um ciclo de problemas e de corrupção crescente, o pior aconteceu. O extremismo entre petistas e bolsonaristas avançou após as eleições. Reformas importantes foram adiadas e o país foi afundando em uma crise potencializada com a pandemia da Covid-19. O negacionismo e a dificuldade que foi o início da vacinação, que aconteceu por insistência do governador de São Paulo, João Doria (foto), que se adiantou e conseguiu fechar um acordo com o laboratório Sinovac, na China. O governo federal se apossou desse acordo e, a partir daí, o brasileiro pode ter acesso ao imunizante. Em Belo Horizonte para participar do jantar promovido pelo Conexão Empresarial, João Doria falou ao Canal Vive Brasil desse processo e da necessidade de se investir para gerar emprego e renda para os brasileiros.
Do que o país precisa agora?
Precisamos investir em uma atividade empreendedora para termos uma nova geração de brasileiros, que tenha no emprego e no empreendedorismo uma forma sã, cidadã e positiva de criarem renda e de terem estabilidade nas suas famílias. Proteção ambiental para que o Brasil possa recolocar esse tema nessa correta conduta de proteção ambiental e a reinserção do Brasil no plano internacional. O Brasil hoje é um país isolado do mundo e países isolados não geram renda nas suas exportações no patamar máximo e se distanciam dos investidores internacionais e quanto menos investidores nós tivermos no Brasil, como está acontecendo agora, menos empregos serão gerados. Tempo ao tempo. Sou um otimista e acredito que no próximo ano termos a melhor via e essa melhr via de 22 não estará nem em Lula, nem em Bolsonaro.
A pulverização das candidaturas é um problema?
Será um problema se não houver bom senso, equilíbrio, humildade, bom senso, discernimento entre os candidatos que não fazem parte desse extremo entre Lula e Bolsonaro. Tenho certeza de que o bom senso prevalecerá e que os pré-candidatos dos partidos, inclusive do PSDB, terão altivez e capacidade de dialogar, de colocar o Brasil à frente dos seus interesses pessoais, colocar o país à frente dos seus interesses partidários e colocar o povo brasileiro acima do seu próprio sentimento. Tudo pelo Brasil e tudo pelo povo brasileiro.
Estamos em uma tensão constante no país. Isso tem prejudicado a economia brasileira, que está tendo dificuldade em retomar após a pandemia?
Muito. O prejuízo é enorme. Nós não temos plano para a economia brasileira. Nós temos uma economia claudicante e sem planejamento. Se perguntarem dois pontos importantes de planos econômicos para o Brasil, não se é possível nominar nenhum sequer, porque não há. O Brasil não tem planejamento econômico, o Brasil prometeu uma economia liberal e não executou, prometeu desestatizar e não desestatizou, prometeu criar multilateralidade com outros países, com China, Estados Unidos e União Europeia, Japão e Coreia do Sul e o que fez foi agredir a China. Agredir a União Europeia, escolher o parceiro errado na política nos Estados Unidos da América, se distanciar do Mercosul e se tornar um país completamente isolado. A inflação chegou a dois dígitos, o botijão de gás chega a custar R$ 150 em algumas capitais do país. O combustível mais caro da história, o litro de gasolina chegando a R$ 7, o óleo de cozinha aumentou 44%, a carne aumentou 56%, o arroz 33%, o feijão 35%. O Brasil vive hoje um distanciamento dos mais pobres, que se tornaram mais pobres e não fez nenhuma política púbica que pudesse gerar emprego, renda e facilitar os investimentos. Triste o Brasil desse momento, mas estou otimista em relação ao Brasil, em relação às eleições e ao futuro do Brasil com um novo presidente da República. (Foto reprodução internet)