Os deputados federais e senadores derrubaram o decreto do presidente Lula que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), nesta quarta-feira. A votação surpreendeu o governo e a articulação política liderada pela ministra Gleisi Hoffmann e de nada valeram as ameaças que ela fez de elevar R$ 2,7 bilhões o congelamento de emendas parlamentares, reduzindo para R$ 9,8 bilhões os recursos que seriam repassados pelos deputados para suas bases eleitorais. O presidente da Câmara, Hugo Motta (foto/reprodução internet), presidiu os trabalhos no plenário, que anulou os efeitos da Medida Provisória. Foram 383 votos favoráveis e 98 contra.
O Senado acompanhou a Câmara e derrubou o decreto do IOF e impõe, pela primeira vez, a revogação de um aumento de imposto feito por meio de decreto presidencial. Segundo o Ministério da Fazenda, sem o IOF mais alto, será necessário ampliar o bloqueio de gastos no Orçamento de 2025 para evitar o descumprimento da meta fiscal. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, considera que "esse decreto começou mal, o governo editou um decreto que rapidamente foi rechaçado pela sociedade brasileira."