Em meio a crise da segurança pública no país, o presidente da Comissão Especial de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens (PL 2438/15), o deputado petista mineiro Reginaldo Lopes (foto), quer a conclusão dos trabalhos do grupo. O colegiado retoma as atividades nesta terça-feira. O projeto em análise na comissão, que cria o Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens, é um dos resultados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra Jovens Negros e Pobres. O plano tem cinco metas que devem ser cumpridas nos próximos dez anos, sendo que a principal é a redução das mortes de jovens. “O nosso objetivo é preservar 600 mil vidas em dez anos”, disse Reginaldo Lopes. “A primeira macrometa é essa. A segunda macrometa é elucidar pelo menos 80% dos casos de crimes contra a vida. A terceira é zerar a letalidade policial. A quarta é zerar a vitimização de policiais. E a quinta é traçar um conjunto de políticas sociais, de reparação de danos, nos territórios com alta taxa de violência e homicídios”, declarou.
Mudança nas polícias
Reginaldo Lopes defende que a política de segurança pública não pode mais ser alvo de ações episódicas. “O Brasil precisa mais do que um Ministério de Segurança Pública, precisa de um novo modelo de segurança, que pressupõe mudar os modelos de polícias. O Parlamento brasileiro precisa parar de defender corporações com metade defendendo a polícia militar e a outra metade defendendo a polícia civil. Se existe polícia, todas as polícias devem ser ciclo completo, todas as polícias devem ter controle externo”, afirmou. O deputado ainda citou a necessidade de tornar o trabalho das perícias independente e o fim da vinculação de parte da força policial com os militares.