Os prazos para as eleições de outubro já estão correndo. Entre vinte de julho e cinco de agosto os partidos terão que formar suas chapas e fechar as composições para as disputas. Na maioria das capitais brasileiras, e em muitas cidades de maior porte, ainda não se consegue visualizar as candidaturas e as coligações. Há muita especulação e a radicalização alimentada por bolsonaristas e lulistas dificulta os entendimentos. O número exagerado de partidos- são 29 registrados- torna ainda mais difícil os acordos. Para usar uma expressão popular bem definidora da política nacional, as alianças em discussão atualmente mais parecem “casamento de tatu com cobra”, tal a diferença entre o que deveria ser o compromisso político das legendas. O estranho é que, não raramente, tem aparecido alinhamentos entre políticos que, em eleições recentes, se mostravam com ideologias bem diferentes daqueles com quem se apresentam aliados, ou quase aliados, hoje. O eleitorado, bem, este nem se fala. Até aqui se mostra absolutamente alheio ao assunto. Uma alienação que só serve para os maus políticos e para os aproveitadores que, a cada ano, surgem em maior número. Alienação agora, reclamação depois. É assim e nada indica que vai mudar.