As eleições recentes evidenciam uma mudança na dinâmica política brasileira, marcada pela fragmentação e transformação das principais correntes ideológicas. A direita, que se consolidou no bolsonarismo, agora enfrenta um dilema: de um lado, setores mais radicais e antissistema; de outro, uma ala que percebe a necessidade de alianças pragmáticas para garantir governabilidade. Enquanto isso, a esquerda busca entender o desinteresse de parte de seu eleitorado por políticas assistencialistas, percebidas por alguns como eleitoreiras.
Questões de segurança pública e o papel de uma polícia mais atuante também representam desafios para a esquerda se alinhar aos desejos populares. Nesse contexto, o centro político ressurge como uma via de moderação. Conseguindo sobreviver à polarização, ele se destaca pela ênfase em boas gestões, diálogo e respeito às diferenças, conquistando espaço em um eleitorado mais maduro e pragmático.
Esse movimento foi visível em São Paulo, onde figuras como Pablo Marçal(foto/reprodução internet) sinalizam um novo caminho para a direita, ao trocar o discurso messiânico tradicional por uma narrativa de disciplina e prosperidade, ainda que fragmentada. No plano nacional, líderes como Bolsonaro e Lula sofrem desgaste: Bolsonaro enfrenta dificuldades em reconquistar antigos aliados, enquanto Lula vê o PT perder força até no Nordeste. Diante das demandas sociais, redes sociais e propostas concretas devem substituir a retórica de polarização em prol de uma eleição mais inclusiva e adaptada aos novos tempos em 2026.
