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 Ciro Gomes diz que não faz parte do esquerdismo abobalhado

Paulo César de Oliveira
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Um bem comportado Ciro Gomes se apresentou ontem para empresários mineiro, no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, no espaço V, em Nova Lima. Ele disse que não faz parte do esquerdismo abobalhado que inferniza todo mundo e buscou passar uma imagem de credibilidade e conhecimento da situação econômica e política brasileira. Para ele, os que aparecem com propostas como a de diminuir a carga tributária estão mentindo, porque nenhum país em crise pode abrir mão de receita. Esse, segundo ele, é um assunto para quando a economia melhorar. Por outro lado, prometeu aos empresários mineiros simplificar a carga tributária.

 

Sonhando com Josué Alencar como vice

À procura de um vice que seja empresário e mineiro, Ciro Gomes falou que tem mantido algumas conversas, ainda sem sucesso, com o empresário Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Esse é o perfil que ele procura para turbinar a sua chapa e avisa que vai surpreender durante o processo eleitoral com o lançamento de pelo menos 11 candidaturas com grande potencial, em pelo menos 11 estados. Outro nome com quem tem conversado é com o pré-candidato do PSB ao governo de Minas, Marcio Lacerda, mas uma aliança com ele esbarra no projeto nacional do partido, que trabalha com o nome de Joaquim Barbosa à presidência da República. Depois do encontro com os empresários mineiros, Ciro Gomes foi trocar algumas ideias com o governador Fernando Pimentel. Os dois, segundo ele, são amigos de longa data.

 

Esquerda só se une na cadeia

Ciro Gomes não espera o apoio da esquerda e lembra de um ditado antigo, surgido da dificuldade da esquerda brasileira se unir, ainda bastante atual, que diz que “a esquerda brasileira só se une na cadeia”. Ele não acredita que terá o apoio de Lula e do PT à sua candidatura e avisa que o projeto do PT não é o seu, ao responder às críticas da oposição por não ter se unido às manifestações pró-Lula. Em relação a candidatura de Jair Bolsonaro, Ciro diz que não consegue “visualizá-la pelo extenso despreparo, quando não a extensa boçalidade de um candidato com as características dele”. Já o ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB), na sua avaliação tem a pré-candidatura similar à de Luciano Huck. “Porque é um perfil de uma pessoa inorgânica na política, aparentemente ligado ao combate a corrupção, que são valores superficiais”. Ciro Gomes, acredita, no entanto, que Joaquim Barbosa queira mesmo é disputar o governo do Rio.

 

Temperamento difícil

Mas uma das preocupações dos empresários mineiros é em relação ao temperamento difícil de Ciro. Em resposta, confidenciou que todos que o querem bem dizem isso, mas ele pondera que nos cargos públicos que ocupou, como prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e como ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, não houve nenhum ato que o desabonasse. Eleição, no entanto, é outra conversa e segundo ele “ninguém é perfeito e entra em uma campanha para sair com o paletó limpinho”. Se chegar à presidência, promete se compenetrar para exercer o cargo.

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