Após uma longa procura, o clã Bolsonaro, enfim, arrumou um partido para se abrigar, com a assinatura da ficha de filiação do presidente Jair Bolsonaro (foto) ao PL. A família está tão confortável que na cerimônia de filiação um de seus filhos, Flávio Bolsonaro, se referiu ao ex-presidente Lula, considerado o principal adversário da família, como o ex-presidiário que roubou o povo brasileiro. O problema é que eles estão sob a tutela de um também ex-presidiário, no caso o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que foi condenado no escândalo do mensalão. Mas não há constrangimento que abale o presidente Jair Bolsonaro, que aguarda os outros filhos se filiarem ao partido nos próximos dias.
Bolsonaro ouve música de Richard Wagner antes de se filiar
Um dia antes de sua filiação ao PL, o presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro da Defesa, general Braga Neto, e do comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, assistiu ao Concerto de Estreia da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira (FAB). O repertório incluía a peça “Os Mestre-Cantores de Nuremberg: Prelúdio”, do compositor alemão Richard Wagner, considerada uma das favoritas dos nazistas. Wagner, um gênio musical conhecido pelo seu antissemitismo, era o compositor preferido de Hitler e dizia que “uma ópera deve fazer pessoas chorarem, sentirem aterrorizadas, morrerem de ódio”. Aliás, não é a primeira vez que Wagner “aparece” no governo Bolsonaro. No ano passado, o então secretário de Cultura, Ricardo Alvim, foi demitido por causa do desastrado vídeo em que reproduziu palavras do nazista Josef Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler, e usou como trilha sonora a abertura da ópera Lohengrin, de Wagner. (Foto reprodução internet)