Trocas de farpas, acusações, dúvidas sobre quem mente mais e cobranças de apoio e fidelidade, marcaram os primeiros dias após a decisão de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nesse cenário de conspiração é que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai instalar no início da noite de hoje, a comissão que analisará o impeachment. Os partidos indicarão os 65 membros da comissão e igual número de suplentes. Caso alguma legenda deixe de indicar, o próprio Eduardo Cunha (foto) pretende decidir os nomes. O PT indicará os líderes do governo, José Guimarães (CE), e do partido na Casa, Sibá Machado (AC), além dos deputados Carlos Zarattini (SP), Wadih Damous (RJ), Paulo Teixeira (SP), Paulo Pimenta (RS) e Arlindo Chinaglia (SP). O PMDB, assim como o PT terá oito integrantes. O PSDB vai indicar seis parlamentares. Além disso, o bloco do PMDB terá direito a indicar outros 25 integrantes da comissão especial, sendo a maior representação no colegiado. O bloco liderado pelo PT, partido da presidente Dilma Rousseff, será o segundo maior grupo com 19 integrantes. O grupo liderado pelo PSDB terá 12 integrantes no colegiado.