Uma das prioridades do próximo governador de Minas será manter um bom relacionamento com o Legislativo. Na Assembleia Legislativa, o governo depende de um bom entendimento para aprovar seus projetos, e no Congresso Nacional, a sintonia com deputados federais e senadores pode garantir recursos para o estado, além de fortalecer a relação com o governo federal. Mas o que pensam os dois candidatos ao governo de Minas sobre o assunto? Na sequência a posição de Antonio Anastasia e Romeu Zema sobre o relacionamento com as bancadas e o governo federal.
Antonio Anastasia
Como será construído o relacionamento com as bancadas federal e estadual?
Sem toma lá, dá cá. Com muito respeito e com muito diálogo. Precisaremos da bancada estadual para, observando nosso planejamento, aprovar as reformas e ações necessárias para o enfrentamento dessa crise grave. Da mesma forma, vamos precisar da nossa bancada federal para, unidos, trabalharmos de forma harmônica em favor dos interesses de nosso estado em Brasília.
O que deve mudar no relacionamento com o governo federal para o estado não perder recursos?
O diálogo é o primeiro caminho. Vamos precisar mostrar ao governo federal a situação atual do Estado, até para que ele entenda que o cenário é muito grave. Muitos pensam que não, mas às vezes a ideia que se passa em nível nacional é que Minas Gerais é um Estado rico e que, por isso, não precisa de ajuda. Pelo contrário. Precisamos muito da ajuda federal em relação à renegociação da dívida e ao crédito que temos da Lei Kandir. E, mais do que isso, precisamos das grandes obras de responsabilidade da União. Nos últimos anos Minas foi abandonada pelo governo federal, todos sabemos disso. Vou tentar sensibilizar o novo governo para que possamos atravessar logo essa etapa de dificuldades para que voltemos a crescer. Afinal, Minas crescendo e se desenvolvendo ajudará a impulsionar o próprio progresso do Brasil como um todo.
Romeu Zema
Como será construído o relacionamento com as bancadas federal e estadual?
Caso vençamos a eleição, teremos muito diálogo com as bancadas, tanto na Assembleia, como em Brasília. A nossa proposta é cortar cargos de indicação política e privilégios. Acredito que os deputados estaduais não irão se opor à nossa proposta para que o Estado volte a ser adimplente com os servidores.
O que deve mudar no relacionamento com o governo federal para o estado não perder recurso?
Nosso relacionamento será o melhor possível com o Governo Federal, sobretudo se o vencedor do segundo turno for Jair Bolsonaro. Queremos manter um diálogo permanente. Vamos tentar renegociar a dívida do Estado com a União, isso será primordial para Minas Gerais.