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“Conflito não resolve crise”, diz Rodrigo Maia na live do Conexão Empresarial

Paulo César de Oliveira
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Existe um erro nas análises em relação a crise no país, no entendimento do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele disse ontem, durante a sua participação da live do Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, que é preciso salvar vidas e a economia, mas a maioria entende que o isolamento é que causa a queda na economia. Não é o isolamento, segundo ele, é o vírus. O problema que acontece no país é saber organizar todas as etapas desse processo. Além disso, Maia ressalta que o Brasil tem um sério problema com a testagem e é preciso compreender que temos um vírus que afeta a área de saúde. “O país é muito grande e a pandemia afeta de forma e em tempo diferente cada região. O certo é que teremos um período longo ainda para lidar com essa crise, que é potencializada pelo conflito político, que gera insegurança. O país vai superar essa fase e aparecerão investidores interessados em investir aqui”. Maia ressalta que é preciso garantir um ambiente seguro para esses investimentos. A crise, segundo ele, “não será solucionada com conflito”.

 

País precisa de União

Rodrigo Maia entende que não é o momento de discutir a eleição nacional. O Brasil precisa de união e por isso as eleições municipais não podem contaminar o cenário de ação da esfera estadual e nacional. Outro assunto que não deve ser misturado nesse momento difícil no país diz respeito a uma reivindicação dos empresários, que querem que o governo adote o Refis (programa de renegociação da dívida de contribuintes da União) para ajudar as empresas. Rodrigo Maia entende que em algum momento será preciso analisar essa questão, porém defende que é importante aprovar a reforma tributária. Para ele, a simplificação tributária vai gerar competitividade e ajudar o país a ter um desenvolvimento sustentável. A reforma tributária, no seu entendimento, precisa ser retomada o mais rápido possível. A sua tramitação ficou prejudicada com a pandemia do coronavirus. Outra reforma também importante, a administrativa, só deve ser enviada pelo governo para a Casa no ano que vem. A aprovação da reforma da Previdência no ano passado também foi muito importante, mas Maia pondera que os estados que ainda não conseguiram aprovar a matéria precisam fazê-lo.

 

Micro e pequenas empresas

Maia também defendeu ser importante destravar o programa de micro e pequenas empresas. Para ele, teremos o pico da crise no terceiro trimestre e muitas empresas não terão condições de reabrir as portas, e são justamente essas empresas que mais geram emprego. A carga tributária no país é muito alta e o gasto público é um outro problema. Nesse momento, com a pandemia do coronavirus, o governo está tendo um gasto atípico, o que é compreensível. Maia entende que será necessário para o governo ampliar a ajuda às pessoas que ficaram sem renda e nesse momento, é importante a união de esforços.

 

Papel da imprensa

É preciso entender que a imprensa não é o poder moderador, como as Forças Armadas também não são, e nem querem esse papel. A organização do sistema democrático, entende o deputado do DEM, presidente da Câmara, quem tem que promover são as próprias instituições democráticas: o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Para qualquer crise ou divergência, existem os ritos legais, e por isso ele entende que não se pode responsabilizar a imprensa pelos conflitos e pelo excesso de radicalização que vem acontecendo desde o fim do governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo Maia, no passado tivemos um radicalismo muito grande, que de certa forma continua e chegamos ao ponto de ver, no sábado, manifestantes soltando morteiros em direção ao Supremo Tribunal Federal. “É inaceitável que isso aconteça, como também os movimentos de rede social ameaçando ministros do STF e parlamentares. É preciso que todos estejam juntos para combater essa crise, que é muito mais profunda do que muitos acreditam”. Maia ressalta que estamos discutindo democracia, não é possível que o Brasil, que vem organizando a sua democracia desde a Constituição de 1988 volte a ter que discutir democracia. “Isso é a pior coisa do mundo. Se há essa discussão, é porque há dúvida sobre o nosso sistema democrático. Se há dúvidas sobre isso, as reformas sozinhas não vão resolver os nossos problemas. O Brasil precisa ter uma democracia sólida, que acho que temos”. Na prática, Maia disse que não há nenhum movimento contra a democracia. As questões democráticas e de meio ambiente são pré-condições de investimentos de grandes investidores.

 

Conexão Empresarial

O Conexão Empresarial 100% digital tem o patrocínio da Anglo American, BDMG-Governo de Minas, D’Or Consultoria, Hermes Pardini, Mercantil do Brasil, O Tempo, Pad, Unimed-BH, Usiminas, apoio do IBRAM, JAM E KLUS, além das empresas associadas ao Espaço Conezão, Aeroporto Internacional Belo Horizonte, Anglo Gold Ashanti, Arcelor Mittal, CBN, CDL-BH, Forno de Minas, Localiza Hertz, Mart Minas, Mason, MCA Gribel, Oi Soluções, Pif Paf Alimentos, Porto Seguro, Sicoob Credicom, SMB, Tenco, Tostes & De Paula e Vivo. O evento tem media partners da rádio Itatiaia, revista Viver Brasil e BLOGDOPCO.

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