Tudo indica que o deputado Delegado Marcelo Freitas, do União-MG, relator no Conselho de Ética no caso Eduardo Bolsonaro (foto/reprodução internet), deverá resumir a “punição exemplar” à suspensão de dois a três meses, e não à cassação. A movimentação reflete o conhecido espírito de autopreservação da Câmara, que evita atender de forma plena às pressões do Palácio do Planalto e do STF, ambos defensores de um desfecho mais severo. Se confirmada, a pena facilitaria a Eduardo escapar da regra que prevê perda da cadeira para quem ultrapassa um terço de ausências no ano, já que, durante o período de, digamos, “pausa”, as faltas não serão contabilizadas. Assim, o relator cumpriria o papel de dar satisfação à opinião pública, sem romper a lógica corporativista do Legislativo. Ao que parece, pizza continua a ser o cardápio favorito de Brasília.